Saudações poéticas e sócio ambientais, trouxe um pouco do segundo dia do VI Simpósio Brasileiro de Educomunicação.
Pra quem curtir o conteúdo entre em: http://www.revistaviracao.com.br/simposio/
E desculpa, mas fico devendo uma foto pra essa semana ainda! rs
Segundo dia do IV Simpósio Brasileiro de Educomunicação no SESC Vila Mariana, e para este segundo dia de evento tivemos a participação de uma roda de conversa sobre a mídia e a educomunicação ambiental.
Para este papo contamos com a mediação de Lucia Anello, Diretora do Departamento de Educação Ambiental da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, e com falas da Rachel Trajberg, Coordenadora de Educação Ambiental do Ministério da Educação, André Trigueiro, Jornalista e comentarista da Rádio CBN e Francisco Costa Pesquisador do DEA-SAIC.
“É importante que os ministérios e a sociedade pautassem mais este assunto”, esta é a frase que fundamentou o discurso de Francisco Costa, que trouxe dados importantes sobre o documento que rege a legislação da educomunicação quando o tema é meio ambiente.
Este documento trás questões levantadas com respostas sobre educomunicação e meio ambiente.
E quando questionado sobre a importância do mesmo, diz: “Para que a mídia possa conscientizar a população com melhores resultados”.
O documento ressalta a importância de movimentos de artes para a educomunicação, movimentações na escola e ações organizadoras de mídias.
E passando a palavra para Rachel Trajberg ele termina com uma das falas mais importantes de todo o dia: ”Se a comunicação é compulsória e obrigatória ela não é um direito”
Ex-moradora do prédio em frente ao SESC Vila Mariana, onde o evento ocorre, Rachel traz consigo uma grande bagagem de educomunicação, como a mesma disse, ela viu a educomunicação se desenvolver junto do bairro.
Com energia de sobra para se manter sentada, ela impulsiona a roda de conversas com a relação de educação e mídia, focando no meio ambiente, nos atuais problemas e suas possíveis soluções: “Estamos visualizando uma crise ambiental, e que de repente some na mídia, para dar lugar a outra crise muito forte, a econômica, sendo que ambos estão ligados à mesma raiz, o consumo”, essa foi à base exposta por Rachel para sua fala.
Quando visou à sociedade foi direta e decisiva: “A sociedade se prende em cima de valores deliberados” e quando citou a globalização disse que essa já se houve falar muito, porém cita um novo termo para entrar em combate com este, a Planetização, não sendo uma utopia, e sim a memória de um futuro, “Nós podemos construir um futuro mais adequado para uma sociedade mais sustentável”.
Quando a mesma fala de ambientalismo, ela diz: “Ambientalista podem, e devem subir em arvores, mas devem ter a voz de comunicação, para comunicar-se com mais pessoas”, e termina sua fala apresentando um projeto no qual Lucélia Santos e Ricardo Macki fazem uma parceria para criar uma campanha de campanhas, para instruir jovens e adolescentes para crescer e multiplicar campanhas.
Já num tom de critica, André Trigueiro começa seu discurso pautando-se “na crise ambiental sem precedentes”, como o mesmo citou.
Ele abriu assuntos polêmicos que arremataram a atenção do publico que estava ali com argumentos baseados não contradição dos argumentos de muitas instituições, por exemplo, o Bradesco, considerado o Banco do planeta e que é um dos maiores investidores quando o assunto é empréstimos para quem queira abrir um frigorífico, e toda sua estrutura antiecológica, na Amazônia.
Pautou também a diferença entre os Jornalistas, que possuem o diploma, e os comunicadores, que apesar de fazer um belíssimo trabalho, não possuem diploma, segundo ele.
“Comentaristas deveriam ter mais espaço para falar de sustentabilidade”, reclamou ele após dizer “Educando bem ou mal a mídia educa, é forçoso aceitar, mas temos!”, e para quem pensa que isso foi tudo, engana-se, logo ao encaminhar de sua fala ele reclama das faculdades de jornalismos que não fazem com que o jornalista saia de lá sabendo de meio ambiente, tornando-se um “analfabeto ambiental”.
E sua fala encerrou-se com o brilhante comentário: “Hoje todos falam de sustentabilidades, mas se todas as pessoas estão bem, por que o mundo está mau?
Nessa roda vimos e ouvimos o melhor da experiência de pessoas relacionadas ao mundo da educomunicação ambiental, mesclando educação, jornalismo e ambientalismo.
Para evoluir é só se questionar, a problematização é a chave para a solução, e o diálogo é o caminho para a ação.